Um professor de psicologia que não teve seu nome divulgado, denuncia em vídeo, uma suposta perseguição política sofrida dentro da faculdade Fametro, que pertence à empresária Maria do Carmo Seffair (Novo), vice-candidata à Prefeitura de Manaus na chapa de Alberto Neto (PL).

Segundo um vídeo que o educador gravou e enviou para seus alunos, ele expressou indignação ao ser desligado da instituição sem uma justificativa clara, afirmando que a única razão para sua demissão foi de caráter político.

De acordo com o professor, ele teria apoiado o candidato Marcelo Ramos no primeiro turno, e após a derrota de seu candidato, não quis apoiar a chapa da dona da Fametro, Alberto Neto e Maria do Carmo, optando por votar no candidato David Almeida.

Por essa razão, segundo o educador, foi chamado ao RH e demitido sem justificativa e quaisquer esclarecimento por parte da coordenadoria do curso.

“Sou um cara de esquerda. Acho uma falta de respeito e bom senso demitir um professor por questão ideológica e não por questão pedagógica. É um desrespeito ainda maior com os alunos que pagam mensalidade para a instituição”, disse o professor.

“Estava em processo de prova e não acho de bom senso me demitir agora. Os alunos estão prejudicados”, completou.

Querer obrigar um funcionário a votar em seu candidato obrigando por motivos de trabalhar em sua empresa, é considerado crime eleitoral e pode ter consequências graves em caso de confirmação do fato.

Essa prática denominada de assédio eleitoral ou político, além de ser uma agressão aos direitos personalíssimos do empregado, tais como a privacidade e a intimidade, é crime tipificado no art. 301 da Lei n. 4.737/1965 (Código Eleitoral).

*Com informações Foco Amazônico