Prefeitura de Apuí vai gastar mais de R$ 3,4 milhões com material de expediente em empresas sem transparência

A Prefeitura Municipal de Apuí, no interior do Amazonas e administrada pelo prefeito Antônio Marcos Fernandes, mais conhecido como “Marquinhos da Macil” (MDB), vai gastar mais de R$ 3,4 milhões na compra de material de expediente em empresas suspeitas.

De acordo com a homologação do contrato no Diário Oficial dos Municípios (DOM), desta segunda-feira (21/07), o prefeito em exercício o vereador Bruno José de Morais (MDB), assinou o contrato com cinco empresas para a compra de material de expediente para a Prefeitura de Apuí.

A empresa ACL COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA, que tem como principal atividade econômica a venda de gêneros alimentícios, foi a quem mais se deu bem na licitação, levando o valor total de R$ 1.315.603,01 (um milhão trezentos e quinze mil, seiscentos e três reais e um centavo).

A empresa A.I. G. COMERCIAL LTDA, vai levar da Prefeitura Municipal de Apuí, o valor total de R$ 60.165,17 (sessenta mil, cento e sessenta e cinco reais e dezessete centavos), dos cofres públicos.

Ai vem duas empresas com atividades de venda de equipamentos de informática, a I 9 SOLUCOES COMERCIO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMATICA LTDA- ME, que recebeu R$ 514.571,58 (quinhentos e quatorze mil, quinhentos e setenta e um reais e cinquenta e oito centavos) e a empresa NEXTSELL INC LTDA, que vai levar R$ 673.278,58 (seiscentos e setenta e três mil, duzentos e setenta e oito reais e cinquenta e oito centavos).

A última empresa vencedora do certame, foi a WASHINGTON DE SOUZA PAULA – ME, que deve receber da Prefeitura de Apuí o valor de R$ 875.440,46 (oitocentos e setenta e cinco mil, quatrocentos e quarenta reais e quarenta e seis centavos) do município.

Ao todo, os contratos somam o valor total de R$ 3.439.058,08 R$ (três milhões, quatrocentos e trinta e nove mil, cinquenta e oito reais e oito centavos), para a compra de material de expediente pela Prefeitura de Apuí.

Vale ressaltar que o contrato não diz qual a data de início e término de, quais os itens que serão adquiridos pela prefeitura, seus valores unitários e tudo que diz respeito a transparência em uma licitação.

Marquinhos da Macil já foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por irregularidades em sua prestação de contas nos anos de 2011 e 2012, das quais foram rejeitadas pela Corte de Contas, por atos de má gestão em seu mandado como prefeito de Apuí.

A condenação de Marquinhos foi justamente por não prestar contas de recursos federais recebidos em 2010, para a contratação de profissionais de saúde odontológicas, sem concurso ou licitação, que resultaram num prejuízo ao erário de R$ 3,8 milhões.

Marquinhos ficou inelegível e só pode concorrer em 2024, por conta de uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas sua candidatura ainda está sob judice e pode ser cassado em caso de novo julgamento no TSE.