Parece que o prefeito Anderson Sousa pretende sair pela porta dos fundos da história de Rio Preto da Eva, já que este possivelmente será seu último mandato à frente da administração pública do município.
Anderson tem um alto índice de reprovação não só dos moradores de Rio Preto da Eva, mas em meio aos políticos locais, já que os pré-candidatos à prefeitura do município tenta a todo custo, desvincular sua imagem do “prefeito ostentação”.
O prefeito que já foi preso duas vezes, uma acusado de ser o mentor intelectual da tentativa de assassinato do então prefeito Luiz Ricardo Chagas, e do vice Ernane Santiago e outra por posse ilegal de arma durante a operação da polícia federal “Emergência 192”, que investiga desvio de recursos da Prefeitura de Rio Preto da Eva.
Prisões
Anderson Sousa foi apontado como mandante da tentativa de assassinato do então prefeito Luiz Ricardo Chagas, e de seu vice Ernane Santiago, para que assim, pudesse retornar à Prefeitura de Rio Preto da Eva, de onde havia sido cassado por abuso de poder econômico e político.
O prefeito Anderson passou uns dias preso na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona Leste de Manaus, mas conseguiu sua liberdade para aguardar o julgamento em liberdade.
A Promotoria de Justiça de Rio Preto da Eva há época, suspeitou que a soltura do político tenha sido articulada pelo próprio, após a visita de seu advogado dentro da UPP onde estava alojado.
Na segunda prisão, Anderson estava portando uma arma de uso exclusivo das forças de segurança, durante a operação da polícia federal “Emergência 192” no município.
Sousa pagou afiança estabelecida pela justiça e hoje responde a mais esse crime em liberdade.
Suspeitas e investigações
A operação da polícia federal “Emergência 192”, não é a primeira que Anderson Sousa enfrenta e as acusações de desvios de recursos federais por meio de fraudes em licitações utilizando as empresas do ex-prefeito Fullvio Pinto também não é a única investigação que pesa sobre o prefeito de Rio Preto da Eva.
Anderson é investigado por desvio de recursos previdenciários de funcionários da Prefeitura de Rio Preto da Eva, já que o gestor não faz o pagamento ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), desde o ano de 2017, conforme denúncia feita ao Ministério Público Federal.
Os cálculos apontam que, até novembro de 2022, a dívida acumulada era de mais de R$ 15 milhões e, em 2023, ultrapassou os R$ 16 milhões e ainda afirma a denúncia se assenta sobre uma Ata de Reunião Ordinária do Conselho Fiscal do RioPrev, datada de dezembro de 2022 e assinada por três conselheiros fiscais do Instituto Previdenciário que apontam “fazemos constar nesta ata que o Instituo não vem recebendo corretamente os repasses da prefeitura”.
DENUNCIA-CONTRA-PREFEITO-RIO-PRETO-DA-EVA
O MPF também investiga o prefeito por supostas irregularidades na aplicação de recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb), nos últimos anos.
Entre 2015 e 2017, Anderson Sousa foi condenado a pagar mais de R$ 1,2 milhão ao Tribunal de Contas da União por irregularidades em prestações de contas, multas e devoluções aos cofres públicos durantes gestões anteriores.
Ainda em 2019 o prefeito conseguiu escapar de uma condenação por improbidade administrativa que o levaria para cadeia novamente, e faria com que ele perdesse seu mandato, após seus advogados conseguiram reverter a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
As multas aplicadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). somam o valor total de R$ 406.634,57 mil (quatrocentos e seis mil, seiscentos e trinta e quatro reais, e trinta e sete centavos), que o prefeito Anderson Sousa terá de devolver para os cofres públicos.
Ainda deveremos ver os desenrolares de outras operações em Rio Preto da Eva, que terá como alvo principal o prefeito Anderson Sousa, conhecido como o “prefeito ostentação”, por gostar de fazer festas luxuosas e com gastos exorbitantes com o dinheiro público.