Um dos mais bem guardados segredos da história da televisão brasileira envolvendo Glória Maria, da TV Globo, pode ter sido finalmente relevado. Em uma matéria divulgada pelo site Super Interessante, o nome da jornalista é citado em uma polêmica envolvendo um dos Presidentes da República do Brasil.
De acordo com a matéria, Tancredo Neves teria sido assassinado, ao contrário do que jornalistas e historiadores defendem, a morte natural. Tancredo havia sido assassinado por militares contrários à entrega do poder e Glória Maria teria visto tudo.
A tese ganhou força em 1996, quando o general Newton Cruz, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, disse que Paulo Maluf o procurou em outubro de 1984 (três meses antes da votação no Colégio Eleitoral), propondo um golpe caso Tancredo fosse eleito. Segundo Cruz, comandante militar do Planalto à época, Maluf disse a ele que Tancredo estava muito doente e não teria como comandar o país.
Na véspera da posse, Tancredo foi internado, devido, segundo o site Super Interessante, a um atentado sofrido pelo político quando assistia à missa na Catedral de Brasília, local em que Glória Maria também estaria. A jornalista teria presenciado o momento em que o presidente foi alvejado – e ainda teria levado um tiro de raspão na perna. Para silenciá-la, a Globo, histórica aliada do regime militar, teria destacado a profissional para ser correspondente no Marrocos – uma forma de mantê-la bem longe das discussões sobre o caso.
Glória Maria, da TV Globo, tem seu nome envolvido na morte do Presidente Tancredo Neves (Foto: Reprodução)
Glória Maria, da TV Globo, tem seu nome envolvido na morte do Presidente Tancredo Neves (Foto: Reprodução)
Durante participação no programa Encontro em 2014, Glória Maria chegou a comentar o caso. “As pessoas achavam que ele não tinha morrido naturalmente, que ele tinha sido assassinado, e que eu tinha sido testemunha desse assassinato”, disse ela, se referindo ao Presidente Tancredo Neves, morto antes de tomar posse.
A jornalista ainda explicou o que aconteceu na época: “Eu apresentava o jornal das 7h na época. E aí eu não pude participar dessa cobertura em São Paulo, que era onde ele estava agoniando. Tive que ficar no Rio, e as pessoas não me viam nessa cobertura nacional. Então, se eu não estava ali, é porque tinha um mistério em torno da morte do presidente. Esse mistério era que ele tinha levado um tiro, esse tiro teria atingido a minha perna e eu teria ficado hospitalizada, incomunicável. Começou a surgir uma coisa tão absurda… Eu tive que entrar em todos os jornais ao vivo para mostrar que eu estava viva”, lembrou Glória Maria.
Fonte: TV FOCO
