Osvaldo Cardoso Neto, presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), deve ser investigado pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por gastos na contratação de empresa investigada pelo órgão, que ultrapassam os R$ 3,1 milhões dos cofres públicos.
De acordo com informações do Diário Oficial do Município de Manaus, a empresa Arsenal Serviços e Produções de Eventos LTDA, foi contratada pela Manauscult, para ser a responsável pela organização do Festival Folclórico do Parque Dez, realizado este ano no Centro Social Urbano (CSU), do Parque Dez, zona Centro-sul de Manaus.
A empresa recebeu da Manauscult, o valor total de R$ 3.131.140,00 (três milhões, cento e trinta e um mil, cento e quarenta reais) em dois contratos, com duração de um ano. Um primeiro contratato para realizar serviços de locação de palco em eventos de manifestação popular de pequeno e médio portes realizados na capital, no valor de R$ 492.240,00 (quatrocentos e noventa e dois mil e duzentos e quarenta reais), e um segundo contrato, para locação de equipamentos de sonorização no valor de R$ 1.008.900,00 (milhão, oito mil e novecentos reais).
A suspeita do MP-AM e sobre o não detalhamento de quantos e quais seriam os eventos em que a empresa participou ou participará dentro do calendário festivo da capital.
Osvaldo ainda chegou a contratar novamente a empresa Arsenal Serviços e Produções de Eventos LTDA, pelo valor de R$ 1.630,00 (um milhão, seiscentos e trinta mil reais), para locação de equipamentos de iluminação.
Além das contratações suspeitas, o dono da Arsenal Serviços e Produções de Evento LTDA, o empresário Francisco Emerson Menezes de Almeida, foi alvo denúncia ao MP-AM por receber pagamentos pelos aluguéis de barracas do evento custeado com verba da Manauscult.
Na representação junto ao MPAM, mostra que comerciantes pagam o aluguel das barracas, que variam de R$ 2.200 (dois mil e duzentos reais), a R$ 4.500 (quatro mil e quinhentos reais), para um homem identificado como Syndean Barros Brasil Marques, assessor do vereador de Manaus Gilmar Nascimento, que também é alvo da ação. Prints de PIX bancários mostram as transações feitas em nome de Francisco Emerson Menezes de Almeida, dono da Arsenal Produções.