Mesmo em situação de emergência prefeito de Carauari gasta recursos públicos com festas

Ignorando a seca que atinge o Amazonas e principalmente a cidade de Carauari, o prefeito Bruno Luiz Litaiff Ramalho vai fazer mais uma festa no município e anunciou a contratação da banda Rabo de Vaca.

Bruno Ramalho que decretou situação de emergência em Carauari por causa da seca que atinge 2.300 famílias estão atingidas pela estiagem no município, deixou de apresentar os valores de contrato com a banda Rabo de Vaca, o que fere a Lei da Transparência.

Com o decreto de situação de emergência, a Prefeitura Municipal de Carauari passa a receber ajuda financeira do Governo do Amazonas e do Governo Federal e pode gastar os recursos sem licitação.

Mas parece que o prefeito Bruno Ramalho esqueceu as 2.300 famílias atingidas pela seca em Carauari, para fazer festas. Essa é a segunda festa que o prefeito faz no município com a participação de cantores de fora da cidade.

O primeiro show foi com a cantora Marília Tavares, logo após o prefeito decretar situação de emergência na cidade. Na ocasião, Marilia Tavares perdeu um show em Novo Airão por descumprimento do horário de voo acertado com a empresa contratada pela Prefeitura e denunciou o caso em suas redes sociais.

O show com a banda Rabo de Vaca que ocorrerá neste fim de semana, é realizado pela mesma empresa que a Prefeitura em nota responsabilizou pelo atraso do voo de Marília.

Para o cientista político Jack Serafim, as prioridades da Prefeitura de Carauari estão invertidas e denuncia os atos do prefeito Bruno Ramalho. “Qualquer prefeito responsável não investiria os poucos recursos que tem em festa, sendo que declara em decreto que o município está em situação de emergência. Tem que usar os recursos para ajudar as famílias afetadas. São mais de 9.200 pessoas sofrendo com a estiagem. Onde está publicado a lista do que foi feito por essas pessoas, se é que foi feito, já que o dinheiro está indo para festa”, ponderou.

E pediu para que os órgãos de fiscalização como Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), que abram os olhos e investiguem os contratos firmados por Bruno Ramalho neste período de situação de situação de emergência em Carauari.

“Com o decreto, a Prefeitura poderá contratar empresas e serviços sem licitação. A porteira está aberta para gastos que precisam ser acompanhados. Não há nenhuma postagem nos meios de comunicação da Prefeitura mostrando as ações em favor dessas famílias atingidas. É preciso dar transparência. O povo precisa saber quem foi alcançado e com o quê”, explicou Jack Serafim.