Acusações de assédio eleitoral no ambiente de trabalho e abuso de poder econômico, pode levar a condenação da empresária e vice candidata Maria do Carmo Seffair (Novo), e de Alberto Neto (PL), à perda dos mandatos caso eleitos, segundo resolução do Tribunal Superior Eleitoral (STE).

Um professor de psicologia que não teve seu nome divulgado, denuncia em vídeo, uma suposta perseguição política sofrida dentro da faculdade Fametro, que pertence à empresária Maria do Carmo.

Ele fez um vídeo aos seus alunos, onde ele expressou indignação ao ser desligado da instituição sem uma justificativa clara, afirmando que a única razão para sua demissão foi de caráter político.

“Sou um cara de esquerda. Acho uma falta de respeito e bom senso demitir um professor por questão ideológica e não por questão pedagógica. É um desrespeito ainda maior com os alunos que pagam mensalidade para a instituição”, disse o professor.

“Estava em processo de prova e não acho de bom senso me demitir agora. Os alunos estão prejudicados”, completou.

O assédio eleitoral é uma prática criminosa de empregadores que coagem, ameaçam e prometem benefícios para que  seus funcionários votem ou deixem de votar em determinadas pessoas.

Essa prática além de ser uma agressão aos direitos personalíssimos do empregado, tais como a privacidade e a intimidade, é crime tipificado no art. 301 da Lei n. 4.737/1965 (Código Eleitoral).

Caixa Dois

Maria do Carmo Seffair (Novo), está envolvida em um grande esquema de caixa dois, compra de votos, abuso de poder econômico e uso de suas empresas para o cometimento de crimes eleitorais.

Gravações de reuniões com apoiadores foram alvos de denúncias a Polícia Federal e ao Ministério Público Eleitoral (MPE), onde são apresentadas juntamente com documentações que comprovam o esquema de caixa dois e compra de votos para a chapa Alberto Neto (PL) e Maria do Carmo (Novo), para à Prefeitura de Manaus.

Segundo informações do autor da denúncia, o professor Ronaldo Fernandes da Silva, ele se encontrou com a candidata dentro de uma unidade da Faculdade Fametro, empresa de propriedade de Maria do Carmo, onde fecharam um acordo para que ele comandasse a campanha da empresária.

Kellen Cristina Veras Lopes, ex-secretária de comunicação da prefeitura de Manaus durante a gestão de Arthur Virgílio e que, atualmente é braço direito da candidata em seus empreendimentos, presidente municipal do Partido Novo, é apontada como uma das operadoras do esquema.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) e a Polícia Federal já investigam o caso e podem levar os órgãos a realizar uma mega operação que pode ter como alvos, as empresas de educação de Maria do Carmo, a própria candidata, o candidato Alberto Neto, Kellen Cristina Veras Lopes e outras pessoas ligadas nesse grande esquema de compra de votos.