A deputada Joana Darc (UB) solicitou, na manhã desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), a suspensão das aulas durante 10 dias, para que haja ações emergências na segurança das escolas da rede pública do Estado. A sugestão é para prevenir ataques nas instituições, e resguardar a vida de alunos e funcionários da educação do Amazonas.

Na manhã de hoje, Joana recebeu a notícia de que um aluno, de 14 anos, da Escola Municipal Manoel Raimundo, em Presidente Figueiredo, estava com uma faca dentro da bolsa. Antes que o pior acontecesse, a gestora recolheu a arma e encaminhou aos pais. Por isso, a parlamentar defende a suspensão das aulas.

“As aulas deveriam ser suspensas até que possamos reforçar e resolver, de fato, a questão da segurança no ambiente escolar do nosso Estado, tanto no público quanto no privado. Tenho apresentado propostas para a proteção das crianças e dos adolescentes dentro e nas adjacências das escolas do Amazonas”, disse.

Saúde mental dos alunos

Com o avanço de ataques nas escolas do Brasil, incluindo o Amazonas, tendo em vista que, ainda na última segunda-feira (10), houve um incidente no Instituto Adventista de Manaus, no bairro Cachoeirinha, onde um aluno de 12 anos feriu uma professora e duas colegas de classe com uma faca, a parlamentar cobra do Poder Público a implementação de mais segurança física e mental.

Na oportunidade, a parlamentar salientou a importância da aplicação da Lei Federal 13.935/2019, que autoriza a presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas públicas. Joana enviou requerimentos à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e à Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) para solicitar informações sobre a implementação da Lei.

“Enviei requerimentos aos órgãos competentes para saber se está sendo cumprida a Lei no nosso Estado. Precisamos ter, urgentemente, psicólogos e assistentes sociais nas escolas, para amenizar os problemas de ataques nas instituições de ensino do Estado. Há uma lei federal, e estou fiscalizando para que haja a legislação de norte a sul do Amazonas”, defende.

Além disso, Joana Darc pede para que os pais se atentem no que os filhos assistem na internet e quais são conteúdos que estão consumindo nas redes sociais para não afetar a integridade da saúde mental das crianças e dos adolescentes.

“Precisamos falar do papel dos pais na vida das crianças, para que não haja a terceirização dos filhos para a escola. Os pais e os responsáveis precisam se atentar no que as crianças e os adolescentes consomem na internet. Conversem com seus filhos, conscientizem eles sobre o uso da internet e fiscalizem o que eles levam para as escolas”, pontuou.