A deputada estadual Joana Darc não está tendo uma semana fácil. Faltou uma sessão na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), para ir ao cruzeiro do Wesley Safadão e vira meme nas redes sociais.
Descobriu que o marido estava na cabine de outro homem, que o tratou com ‘muito carinho’. Foi pega na mentira após dizer que tinha protocolado um pedido de desconto nos salários pelas ‘miniférias’, mas que não consta nada na Aleam.
Nesta sexta-feira (14), uma Organização Não Governamental entrou com um pedido de investigação por quebra de decoro parlamentar contra a deputada Joana, na Comissão de Ética da Aleam após eles conseguirem mais de 21 mil assinaturas na plataforma Change.org.
No documento, que deverá ser enviado à Aleam, a deputada é denunciada por “invadir a sede do Ibama em Manaus, transmitir o ato pelas redes sociais, convocar pessoas para manifestação, assediar e ameaçar funcionários, violar bem público, criar fake news sobre remédios e vacinas e prejudicar o tratamento de animais silvestres internados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas)”.
Ainda segundo a denúncia protocolada, Joana Darc é autora de “histórico de factóides” e de uma “série de ações orquestradas, não autorizadas e violentas com animais, servidores públicos federais e seu patrimônio” praticados nos dias 29 e 30 de abril deste ano. Em vídeos publicados na internet, segundo o pedido de investigação, “a deputada Joana Darc aparece correndo ao redor e no interior da sede do Cetas do Ibama em Manaus” e confrontando servidores.
Segundo o documento, “a parlamentar utilizou de forma sensacionalista as redes sociais para convocar o público em apoio a seu objetivo” e “cometeu assédio e ameaça contra servidora pública federal, produzindo vídeos de difamações”.
“Durante dois dias a deputada se comportou de forma histérica, simulando choro, se ajoelhando no chão, correndo de um lado para o outro, gritando e ameaçando os servidores presentes. […] A agitação dos manifestantes causou estresse aos animais silvestres em situação de quarentena. Um ato repugnante e contrário à ética parlamentar”, diz trecho do documento.
Sobre a acusação de fake news envolvendo remédios e vacinas, o documento afirma: “O Ibama não aplica vacinas no Cetas, o protocolo clínico veterinário determina que não se imuniza animais silvestres. […] Os medicamentos vencidos estavam estocados para descarte adequado em local separado, uma vez que não se pode descartar medicamentos no lixo comum. […] Não há provas de utilização indevida de nenhum produto vencido”.
Confira a íntegra do abaixo-assinado neste link: https://encr.pw/4CQAn.
Após o retorno das atividades em 1° de agosto, a Comissão de Ética da Aleam deverá dar prosseguimento à investigação por quebra de decoro parlamentar.