O Irã lançou um ataque aéreo maciço contra Israel na madrugada de domingo. As Forças de Defesa Israel (IDF) contaram “mais de 200” alvos, incluindo drones kamikazes (os mesmos utilizados pela Rússia na Ucrânia), mísseis de cruzeiro e, possivelmente, mísseis balísticos.
Grande parte dos mísseis e drones que sobrevoaram os céus do Iraque, Síria, Jordânia, Cisjordânia e Israel foram intercetados pelas forças israelenses, norte-americanas britânicas e jordanianas. Citando “fontes não identificadas”, a imprensa local alegou que “99%” dos alvos foram abatidos. A IDF utilizou o termo “grande maioria”.
É o primeiro ataque direto do território iraniano contra Israel, apesar de décadas de inimizade após 1979. Israel, aliás, atacou solo iraniano em anos anteriores. Autoridades iranianas chamaram o ataque de retaliação pelo ataque de 1° de abril contra o complexo diplomático iraniano em Damasco, que matou vários oficiais iranianos.
Milhares de pessoas celebraram o ataque a Israel nas ruas de Teerã, enquanto muitos formaram longas filas em postos de gasolina para fazer reservas em antecipação ao desenvolvimento dos eventos.
O ataque estava previsto há vários dias. Apenas algumas horas antes, Israel decidiu fechar as escolas para o domingo (um dia útil no país). Logo após o início do ataque, o espaço aéreo israelense foi fechado ao tráfego civil. Dirigindo-se à nação, o primeiro-ministro Netanyahu expressou esperança no apoio dos EUA, Reino Unido, França e outros países.
Os EUA responderam imediatamente alertando todas as suas forças na região. Joe Biden interrompeu uma pequena férias e regressou de imediato a Washington para se encontrar com os seus conselheiros de segurança, prometendo apoio “sólido” para Israel contra os ataques do Irã.
O Reino Unido e a França condenaram fortemente o ataque, chamando-o de “imprudente” e uma “ameaça à estabilidade regional”.
O secretário-geral da ONU também condenou os ataques: “Estou profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada devastadora em toda a região”, escreveu António Guterres. “Tenho enfatizado repetidamente que nem a região nem o mundo podem suportar outra guerra.”
*Com informações de Euronews