Polo de concentrados de refrigerantes movimenta R$ 9,5 bilhões por ano e gera mais de 7,5 mil empregos no Amazonas_O senador Eduardo Braga (MDB/AM) disse, nesta quinta-feira (16/01), que a medida do governo federal de manter em 8% a alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para o polo de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus (ZFM) é um passo importante, mas não é a solução definitiva.A posicao do senador amazonense acontece no mesmo dia em que o presidente da República postou um vídeo em suas redes sociais dizendo que a vai manter o IPI dos concentrados em 8% – que havia sido reduzido de 10% para 4% – e que em dois anos o subsidio será zerado. Segundo Bolsonaro, “a alíquota para o setor passa de 4% para 8% até chegar em 4% em três anos”.De acordo com Braga, com a medida, o Amazonas ganha tempo para mostrar ao governo federal a diferença entre reduzir subsídios em regiões desenvolvidas e em modelos de desenvolvimento em andamento. “Reduzir subsídios em regiões desenvolvidas como o Sul, Sudeste e Sudoeste é uma medida acertada porque já atingiu seu objetivo socioeconômico. “Agora zerar subsídios em modelos de desenvolvimento como o Norte, Nordeste e o Centro-Oeste brasileiro é dizer não a oportunidade de emprego, renda e desenvolvimento para a população”, observou.O polo de concentrados de refrigerantes movimenta R$ 9,5 bilhões por ano e gera mais de 7,5 mil empregos na ZFM e nos municípios de Maués, Presidente Figueiredo e Rio Preto com a produção do xarope de guaraná para as empresas Coca-Coca e Ambev. No ano passado, a Pepsi-cola deixou de produzir concentrados em Manaus por conta da medida do governo federal de reduzir o IPI de 10% para 8%.O líder do MDB no Senado voltou a argumentar que, apesar do alívio momentâneo, reduzir o IPI para o polo de concentrados na ZFM “é o tipo de proposta que não podemos aceitar”. “Respeito a opinião do governo, do ministro Paulo Guedes (Economia), mas discordo e temos que lutar para que isso não aconteça dessa forma sob pena de perdermos outras fábricas a exemplo do que aconteceu com a Pepsi-cola no ano passado”, salientou Eduardo Braga.Assessoria de Imprensa (92) 99103-5820