Um homem de 19 anos foi preso nesta quarta-feira (30), durante a “Operação Fim de Jogo”, deflagrada pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), suspeito de cometer diversos crimes sexuais contra 13 crianças e adolescentes.
A investigação teve início após a denúncia de um morador do condomínio, que percebeu o comportamento suspeito do homem em relação às crianças.
Segundo as investigações da polícia civil que durou dois meses, o homem realizava os crimes desde seus 16 anos de idade, onde ele criou um grupo em um aplicativo de mensagens com a falsa desculpa de se reunir com as crianças para jogarem futebol no condomínio em que moravam.
O homem utilizava jogos de futebol como isca para atrair as vítimas, oferecendo dinheiro e outros benefícios em troca de favores sexuais. Ele também solicitava fotos íntimas das crianças e as ameaçava para que não contassem a ninguém sobre os abusos.
Ao todo, 13 vítimas com idades entre 9 e 13 anos foram identificadas, sendo que 11 delas já prestaram depoimento e confirmaram os abusos.
“A conduta desse cidadão consistia em normalizar falas de abuso sexual com essas vítimas. Além disso, também aconteciam abusos físicos em comemorações de futebol, tocando em partes íntimas das crianças e isso foi corroborado entre todas as vítimas, durante escuta especial na delegacia”, contou a delegada titular da Depca, Juliana Tuma.
“Ele se dizia depressivo, ansioso, e ele despertava ali nas crianças uma certa compaixão. Então as crianças tinham uma certa responsabilidade por ele na cabeça delas e meio que se sentiam compelidas a fazer tudo o que esse suspeito queria, inclusive deixar que pegasse nas partes íntimas e o cometimento da importunação sexual e a produção de material pornográfico”, disse a delegada.
Durante a operação, foram apreendidos diversos materiais que comprovam a prática dos crimes, como fotos e conversas de teor sexual com as vítimas. O suspeito foi encaminhado para a delegacia, onde se manteve em silêncio.
A polícia continua investigando o caso e não descarta a possibilidade de haver outras vítimas.
O homem passou por interrogatórios na unidade policial e posteriormente por uma audiência de custódia. Ele deve continuar preso e à disposição da Justiça.