Além das diversas denúncias sobre a falta de tratamento dado aos usuários de seu plano de saúde, a falta de cumprimento do contrato milionário que tem com a Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc), a administração do plano de saúde Hapvida é suspeita de sonegar impostos.
A Hapvida estaria se utilizando do Sistema Único de Saúde (SUS), sem repassar o ressarcimento financeiro pelo serviço, mesmo recebendo incentivos do governo. Além disso, a Hapvida sobrecarrega o Sistema Público de Saúde, sem recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS), que deveria ser repassado a prefeitura.
Parlamentares como o Deputado Federal Bosco Saraiva já havia denunciado a prática da Hapvida, em cobrar despesas a seus usuários dos planos de saúde, mas os encaminhar para unidades públicas, gerenciadas pelo SUS.
“É inadimissível que essa operadora goze de incentivo do governo, e mesmo assim aumente a demanda junto ao SUS. Existe a comprovação de órgãos de defesa do consumidor para essa prática que está sendo usada”, disse o deputado.
O vereador Cláudio Proença cobrou uma apuração mais rigorosa por parte do Secretaria Municipal de Finanças (Semef), em relação a falta de repasses do ISS feitas pela Hapvida a Prefeitura de Manaus.
“Há fortes indícios que há sonegação fiscal por parte da empresa privada Hapvida. Os valores que eles arrecadam, se houver inconsistência é questão da Semef, através de sua Procuradoria, contestar. Mas saber se fazem os recolhimentos necessários à autarquia municipal, é um dever nosso”, disse o vereador.
“Sonegação de impostos resulta na falta de diversos serviços públicos, como construção de escolas e demais assistências sociais”, completou.