Brasil – O governo Lula estuda a criação de um voucher para permitir que famílias mais pobres possam comprar até 2 quilos de carne bovina por mês.

A ideia foi apresentada por um grupo de pecuaristas de Mato Grosso do Sul (MS) ao ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) numa reunião em Brasília. O nome provisório, sugerido pelos próprios pecuaristas, é “Programa Carne no Prato”.

Teixeira disse ter encaminhado a proposta para análise da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Os pecuaristas, entre eles Guilherme Bumlai, filho do empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula e condenado na Operação Lava Jato, acreditam que o projeto possa beneficiar até 19,5 milhões de pessoas, criando a demanda por mais 2,3 milhões de cabeças de gado ao ano.

José Carlos Bumlai foi condenado a 9 anos de prisão na Lava Jato por obter e quitar de forma fraudulenta empréstimo no Banco Schahin e ainda por envolvimento em solicitação de vantagem indevida vinculada a contrato da Petrobras com o Grupo Schain.

O encontro entre Paulo Teixeira e os pecuaristas aconteceu no dia 17 de agosto passado, na sede do ministério em Brasília. A comitiva dos criadores incluiu o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni; e o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai. Guilherme é filho de

Em outubro de 2021, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça anulou a sentença contra José Carlos Bumlai, por entender que a Justiça Federal era incompetente para julgar o caso contra o pecuarista. Os autos foram enviados à Justiça Eleitoral.

A proposta inicial, conta Guilherme Bumlai, é a de que o voucher seja de R$ 35, suficiente para as famílias comprarem ao menos 2 quilos de carne por mês. A Acrissul calcula que até 19,5 milhões de pessoas poderiam ser beneficiadas.

Inicialmente, só famílias inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais, o CadÚnico, como as que recebem o Bolsa Família, teriam acesso aos vouchers. Estes seriam usados exclusivamente para comprar carne bovina em supermercados e açougues conveniados. De acordo com levantamento do Procon de São Paulo, o valor do preço da carne de 1ª fechou janeiro em R$ 38,26 e o de 2ª foi vendido a R$ 28,61.

“Nós recebemos essa proposta de produtores rurais, pecuaristas do Mato Grosso do Sul. Eles achavam que esse tema da carne pudesse ganhar o status de um benefício para dar condição de acesso aos beneficiários do Bolsa Família. Promover o acesso dos beneficiários do Bolsa Família à carne”, disse o ministro Paulo Teixeira.

Fonte: O Sul