Gestão em colapso: Manaus submersa, servidores em greve e o Passa a Paço sob investigação

Por: Redação OAbutre da notícia

Manaus- Chuvas, greves, denúncias e investigações: a administração de David Almeida (Avante) enfrenta o período mais turbulento desde o início do mandato. A cidade parece viver um colapso generalizado, e a pressão popular cresce com o sentimento de que o prefeito perdeu o controle.

Chuvas escancaram o fracasso da infraestrutura

A forte chuva que atingiu Manaus nos últimos dias foi o estopim para expor o que moradores já denunciam há tempos: a cidade não suporta mais o descaso com a drenagem e o saneamento básico. Ruas e avenidas alagadas, carros submersos e famílias ilhadas se tornaram rotina nas redes sociais, com vídeos mostrando o caos urbano.

Promessas de revitalização de bueiros e melhorias na infraestrutura, feitas desde o início da gestão de David Almeida, continuam sem resultados práticos. O que se vê é uma cidade cada vez mais vulnerável às chuvas, sem planejamento e com obras emergenciais feitas às pressas e, muitas vezes, com indícios de superfaturamento e favorecimento político.

Veja os vídeos da chuva de hoje em Manaus:

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Greve dos professores: a insatisfação nas escolas

Enquanto a água invade as ruas, a revolta invade as escolas. Professores e pedagogos da rede municipal segue em greve anunciada, protestando contra o projeto de reforma do Manausprev e cobrando reajuste salarial digno.

Os atos recentes levaram milhares de educadores às ruas, em frente à Prefeitura e à Câmara Municipal, em um dos maiores movimentos de servidores públicos dos últimos anos. A categoria acusa o prefeito de tentar esvaziar direitos previdenciários históricos e de tratar a educação com descaso.

“O prefeito precisa entender que professor não é inimigo. Estamos lutando pelo mínimo: respeito e valorização”, afirmou uma das líderes do movimento durante o ato.

Veja:

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Greve dos rodoviários e o colapso no transporte

Em meio à crise na educação, a greve dos rodoviários agravou o caos. Paradas de ônibus lotadas, usuários revoltados e uma cidade praticamente paralisada. O Sindicato dos Rodoviários acusa a Prefeitura e o Sinetram de não cumprirem acordos trabalhistas e atrasarem pagamentos.

Veja:

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Enquanto isso, a gestão tenta culpar o sindicato, mas o povo sente na pele o resultado: transporte precário, tarifas altas e descaso generalizado.

Investigações no Passa a Paço: escândalos e desgaste político

O “inferno astral” de David Almeida não para por aí. O Passa a Paço, sede da Prefeitura de Manaus, tornou-se alvo de investigações do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e do Gaeco, que apuram supostos esquemas de rachadinhas, favorecimentos e contratos suspeitos envolvendo assessores e empresas ligadas a aliados políticos.

Nos bastidores, fala-se em uma crise de confiança dentro do próprio Avante, com aliados desconfortáveis diante das denúncias e do crescente desgaste do prefeito nas pesquisas de opinião.

O desgaste de uma imagem construída no marketing

Eleito com o discurso de “gestão moderna” e “eficiência”, David Almeida vive agora o desmoronamento da própria narrativa. Vídeos promocionais, eventos midiáticos e shows pagos com dinheiro público não conseguem mais esconder os problemas da cidade.

Manaus parece ter acordado para o contraste entre a imagem publicitária e a realidade das ruas: alagamentos, greves, servidores revoltados e denúncias de corrupção.

Nas redes sociais, o sentimento é unânime: o prefeito perdeu o controle da cidade.

A pergunta que não quer calar

Em meio ao caos, uma pergunta começa a ecoar nas conversas, nos terminais, nas escolas e nas redes:

O que mais precisa acontecer para que David Almeida “peça pra sair”?

A cidade pede respostas. Mas, por enquanto, o que se vê é uma gestão afundando literalmente em meio a água, greves e denúncias.