Funcionários terceirizados do Doutor Thomas prometem entrar em greve por conta de atrasos nos salários

Por conta da falta de pagamentos de salários, funcionários terceirizados da Fundação Doutor Thomas (FDT), gerida pela Prefeitura de Manaus, ameaçam entrar de greve nesta sexta-feira (22/08), deixando idosos sem auxílio.

De acordo com informações, maqueiros, jardineiros e motoristas das empresas A. J. MÃO DE OBRA TERCEIRIZADA EM SERVIÇOS LTDA e RUFO SERVIÇOS R. C. M. P. LTDA, ambas com contratos milionários com a Prefeitura de Manaus, devem parar de trabalhar por conta da falta de pagamentos.

“Tudo está atrasando e vai virando uma bola de neve. Tem gente trabalhando doente, com ansiedade, depressão e sem vontade. Caso não paguem, vamos entrar em greve amanhã (22). As empresas alegam que a fundação não repassa o dinheiro, 80% dos trabalhadores de lá são terceirizados, os idosos que vão sofrer”, disse uma funcionária que não quis se identificar.

A empresa RUFO SERVIÇOS REPRESENTAÇÃO E COMÉRCIO DE MATERIAIS DE PAPELARIA LTDA tem um contrato no valor de R$ 15.266.720,17 (quinze milhões, duzentos e sessenta e seis mil, setecentos e vinte reais e dezessete centavos), com a Prefeitura de Manaus.

Já a empresa A. J. MÃO DE OBRA TERCEIRIZADA EM SERVIÇOS LTDA, possui dois contratos com valores de R$ 7.565.129,28 (sete milhões, quinhentos e sessenta e cinco mil, cento e vinte e nove reais e vinte e oito centavos), e outro no valor de R$ 3.688.738,38 (três milhões, seiscentos e oitenta e oito mil, setecentos e trinta e oito reais e trinta e oito centavos).

Os dois contratos somados tem o valor total de R$ 11.253.867,66 (onze milhões, duzentos e cinquenta e três mil, oitocentos e sessenta e sete reais e sessenta e seis centavos), pagos na gestão David Almeida (Avante).

Mesmo com a Prefeitura de Manaus pagando R$ 26.520.587,83 (vinte e seis milhões, quinhentos e vinte mil, quinhentos e oitenta e sete reais e oitenta e três centavos), as empresas não conseguem pagar os funcionários terceirizados?

Ou as empresas são má geridas, ou há um grande desvio de recursos ocorrendo, com a população de Manaus pagando essa conta.

O Ministério Público de Contas (MPC), Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) devem investigar os contratos.