Exploração de gás em Itapiranga, pode virar caso de Polícia

A exploração de gás natural no Campo do Azulão em Silves e Itapiranga, rende um grande quantia em recursos financeiros para as prefeituras dos dois municípios, mas pode render uma mega operação estilo “Lava Jato”, que pode render a prisão da ex-prefeita Denise Lima (PP) e de seu sobrinho, o atual prefeito de Itapiranga Thiago Lima (MDB), por suspeitas de corrupção para beneficiar a instalação da empresa Eneva no município.

Com indícios de corrupção de agentes púbiicos, manipulação, conluio e interferência entre poderes, o caso envolve um grande embate jurídico, político e ambiental que promete novos capítulos polêmicos, chegando a prisões de políticos e agentes públicos que vão deste de diretores até fiscais de órgãos em todas as esferas do poder.

Em 2024, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça Federal a suspensão imediata de todos os processos de licenciamento ambiental junto ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) relacionados à Eneva e suas subsidiárias no Complexo do Azulão.

Os pedidos incluem a suspensão da exploração de poços de gás ou petróleo em áreas que se sobreponham a territórios indígenas, extrativistas e de povos isolados impactados pelo empreendimento, conforme apontado em relatório de entidades de defesa dos direitos indígenas.

De acordo com estudo das entidades indígenas, a operação do Complexo do Azulão impactará pelo menos 190 famílias indígenas e de comunidades tradicionais, colocando em questão o respeito aos direitos fundamentais e à integridade física dessas comunidades.

Investigações apontam que os gestores e ex-gestores do município de Itapiranga, forjaram documentos e corromperam agentes públicos para liberarem os licenciamentos para a operação da Eneva no município.

Segundo informações, caso a empresa não operasse no município, Itapiranga vivaria uma cidade fantasma, já que o local não produz absolutamente nada, não gera renda ou empregos para sua população, o que consequentemente não gera dinheiro para o funcionamento necessário da prefeitura na cidade.