Ex-carcereiro é preso suspeito de facilitar armas para detentos em rebelião no Compaj 

Um ex-agente penitenciário de 43 anos, que não teve a identidade divulgada, foi preso em Manaus, acusado de corrupção passiva por driblar o sistema penitenciário para fornecer armas a detentos no Amazonas durante a rebelião que ocorreu em 2017 no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). 

Conforme as investigações realizadas pela Polícia Judiciária, o ex-carcereiro negociava com os presidiários, itens de interesse, como armas e recebia dinheiro dos presos. A rebelião de 2017 acabou com 56 presidiários mortos.

O mandado de prisão preventiva em nome do ex-carcereiro foi cumprido por equipes do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) na última quarta-feira (1º), na rua Esperança, no bairro Japiim, Zona Sul da cidade.

“Consta nos altos que, após a rebelião, diversas medidas acautelatórias foram apresentadas ao Poder Judiciário, entre elas, a interceptação telefônica de aparelhos celulares. Com base neste mecanismo, descobriu-se que o homem, que atuava como agente penitenciário à época dos fatos, negociava e recebia valores dos internos em troca de levar objetos proibidos pela instituição prisional”, afirmou o delegado Marcos Arruda, titular do 1º DIP.

O delegado Marcos Arruda, informou que foi realizado a interceptação telefônica do suspeito onde foi observado a ligação do homem com o fornecimento das armas, além do pagamento dos envolvidos para transferir o material para dentro da prisão.

“Consta nos altos que, após a rebelião, diversas medidas acautelatórias foram apresentadas ao Poder Judiciário, entre elas, a interceptação telefônica de aparelhos celulares. Com base neste mecanismo, descobriu-se que o homem, que atuava como agente penitenciário à época dos fatos, negociava e recebia valores dos internos em troca de levar objetos proibidos pela instituição prisional”, disse Arruda.