Empresário detido com dinheiro em espécie em Brasília, recebeu mais de R$ 3,5 milhões da Prefeitura de Manaus

César de Jesus Glória Albuquerque, dono da empresa COMERCIAL C. J. COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA, preso nesta quarta-feira (21), pela Polícia Federal no aeroporto de Brasília, é um dos fornecedores da Prefeitura de Manaus.

De acordo com informações do Diário Oficial do Município (DOM), a gestão David Almeida (Avante), contratou a COMERCIAL C. J. COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA do empresário preso pela PF, por R$ 3.500.441,10 (três milhões, quinhentos mil, quatrocentos e quarenta e um reais e dez centavos), em leite condensado, macarrão e biscoito doce, para atender as demandas da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Essa contratação se deu em agosto de 2024, por um valor bem mais alto do que outros concorrentes, o que levantou a suspeita do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), de que a compra tenha sido feita com sobrepreço dos materiais.

Agora a Polícia Federal deve investigar se esse dinheiro em espécie, apreendido com o empresário César de Jesus Glória Albuquerque, seja fruto de lavagem de capitais do desvio de dinheiro público.

O que chama atenção nessa situação, é que o endereço fornecido da COMERCIAL C. J. COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA pelo empresário César de Jesus Glória Albuquerque, fica em uma parada de ônibus no meio do nada em Presidente Figueiredo.

Prisão do empresário

Três empresários identificados como César de Jesus Glória Albuquerque, Erick Pinto Vagner e Santos Moitinho, foram presos nesta terça-feira (20), com R$ 1,2 milhão em dinheiro em espécie escondidos em malas no aeroporto de Brasília.

Uma fiscalização de rotina da Polícia Federal, passaram o raio-x nas coisas dos suspeitos e descobriram os valores distribuídos pelas malas dos empresários. Os três homens foram detidos por lavagem de dinheiro.

Em depoimento à Polícia Federal, o trio disse que vieram de Manaus e que iriam até Goiás, onde comprariam material para suas empresas, mas as informações foram consistentes e as atividades não foram declaradas pelos empresários.

A Polícia Federal informou que vai investigar mais profundamente o caso, para identificar outros possíveis crimes e mais envolvidos. Os suspeitos estão presos e ficarão a disposição da Justiça do Distrito Federal.