Em meio a acusações de irregularidades, prefeito de Apuí gasta milhões em aluguel e cantores para festa no município

Mesmo enfrentando sérias acusações de irregularidades em sua gestão, o prefeito Antônio Marcos Maciel Fernandes, mais conhecido como “Marquinhos Macil” (MDB), vai gastar milhões em contratações com dispensa de licitação para a 36ª Exposição Agropecuária de Apuí (Expoap/2025).

De acordo com informações do Diário Oficial dos Municípios (DOM) desta quinta-feira (25), Marquinhos Macil vai contratar empresas para a eventual prestação de serviços de locação de sonorização e locação de banheiros químicos para festas.

Segundo o DOM, Marquinhos Macil vai contratar três empresas sendo a primeira a AJ SONORIZAÇÃO LTDA – ME, pelo valor de R$ 1.191.410,00 (um milhão, cento e noventa e um mil e quatrocentos e dez reais).

A outra empresa foi a EVANDRO OLIVO CURTARELLI por R$ 1.642.206,00 (um milhão, seiscentos e quarenta e dois mil e duzentos e seis reais) e a empresa H C PEREIRA – ME pelo valor de R$ 1.244.172,00 (um milhão, duzentos e quarenta e quatro mil e cento e setenta e dois reais).

Ao total, a Prefeitura de Apuí vai gastar o total de R$ 4.077.788,00 (quatro milhões, setenta e sete mil, setecentos e oitenta e oito reais), em aluguel de equipamentos de sonorização e banheiros químicos para a 36ª Exposição Agropecuária de Apuí (Expoap/2025).

A Prefeitura de Apuí já havia gasto, segundo o Diário Oficial dos Municípios (DOM), cerca de 514 mil reais em contratações de artistas com dispensa de licitação.

Os cantores Cleber & Cauan foram contratados por R$ 295 mil reais. Ayala & Júlio César foram contratados por R$ 50 mil reais. O cantor Marcos Brasil Filho pelo valor de R$ 36 mil reais.

Já o cantor Wanderley Andrade vai receber o cachê de R$ 70 mil reais para cantar na 36ª Exposição Agropecuária de Apuí (Expoap/2025), já o piloto de motocross freestyle Joaninha, vai receber R$ 63 mil reais para um show.

Marquinhos da Macil já foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por irregularidades em sua prestação de contas nos anos de 2011 e 2012, das quais foram rejeitadas pela Corte de Contas, por atos de má gestão em seu mandado como prefeito de Apuí.

A condenação de Marquinhos foi justamente por não prestar contas de recursos federais recebidos em 2010, para a contratação de profissionais de saúde odontológicas, sem concurso ou licitação, que resultaram num prejuízo ao erário de R$ 3,8 milhões.

Marquinhos ficou inelegível e só pode concorrer em 2024, por conta de uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas sua candidatura ainda está sob judice e pode ser cassado em caso de novo julgamento no TSE.