No dia 20 de março é celebrado o Dia Mundial da Saúde Bucal, a data foi instituída pela Federação Dentária Internacional (FDI). Em vários países são realizadas ações que pretendem diminuir os índices de cárie, doenças periodontais e perda dos dentes.

A intenção da data é lembrar que o cuidado com os dentes, gengiva e mucosa bucal tem papel crucial na capacidade de realizar atividades diversas, como trabalhar e estudar, além de melhorar a autoestima e confiança das pessoas, é também uma oportunidade de sensibilizar e incentivar a população, famílias, comunidades e governos a tomarem medidas para reduzir a incidência de doenças bucais.

Sabemos que a saúde começa pela boca. Hoje, muitas doenças ocorrem decorrentes da má higiene bucal. Hábitos simples e feitos no dia-a-dia, como escovação e uso do fio dental, podem ser melhorados quando conhecimentos mais qualificados são repassados aos indivíduos, seja de forma individual como em uma consulta, seja de forma coletiva, como em uma palestra, por exemplo.

A maioria da população vai à consulta odontológica quando sente algum tipo de dor ou incômodo na cavidade oral. O hábito de consultar o cirurgião-dentista apenas de forma preventiva ainda é de baixa ocorrência.
Para que problemas maiores não ocorram, a população deve conscientizar-se que a prevenção e cuidados orais realizados de forma correta é o caminho inicial. Doenças como cárie, doença periodontal (das gengivas e tecidos de sustentação) podem ser evitadas com a realização da higiene bucal adequada.

Hábitos saudáveis como boa alimentação, não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas podem auxiliar na prevenção de outras doenças como por exemplo, o câncer de boca. Assim, as instituições odontológicas recomendam: boa higiene, cuidados com a saúde geral, observação regular da cavidade oral (autoexame) e consulta regular ao dentista.

Paulo Vítor Mourão, cirurgião-dentista do Sistema Hapvida, explica que a prevenção e o cuidado continuam sendo a maior arma no combate às doenças bucais. “De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), preconiza-se o conceito que a saúde é um completo bem estar físico, social e mental. Então a cavidade bucal possui várias estruturas, tais como a língua, a mucosa jugal(bochecha), palato (céu da boca), lábios, gengivas e dentes. Se não houver saúde bucal, não há saúde sistêmica. Portanto, os cuidados básicos de higiene oral como escovar os dentes de forma correta, usar o fio dental, utilizar enxaguante bucal, ter uma alimentação mais saudável proporcionam dentes bem cuidados e uma saúde oral adequada evitando diversos problemas”, afirma.

O cirurgião-dentista ainda lembra o que as pessoas devem fazer quando as doenças ligadas à boca evoluírem para um quadro mais preocupante. “A cavidade oral é a principal porta de entrada para o interior do corpo. A boca é uma área que está em contato com o meio externo. Diversos sinais de doenças sistêmicas podem ser encontrados na boca, como as doenças hematológicas e endócrinas, e que o diagnóstico precoce pode acontecer através do cirurgião-dentista. Muitos microorganismos presentes na cavidade bucal, podem gerar doenças sistêmicas graves, como a endocardite bacteriana (doença que afeta o coração e que pode levar a consequências severas). Além disso, abscessos odontológicos, se não tratados, podem evoluir para uma celulite e posteriormente a uma angina e levar a óbito o paciente. Quando acontece uma emergência médica ligada ao meio bucal, orienta-se sempre à procura de um serviço especializado, e ao mesmo tempo acionar o SAMU para que haja a entrada hospitalar o mais rápido possível, pois quanto mais rápido, maior a chance de sucesso”, relata o especialista.

E complementa: “Devido a tudo isso, vale ressaltar que no dia 20 de março comemora-se o dia mundial da saúde bucal, portanto o cuidado e a higiene oral é importante para prevenirmos doenças e complicações mais severas, além de manter uma estética adequada e manter uma funcionalidade em equilíbrio com o corpo”, finaliza.

Confira alguns dados sobre saúde bucal e doenças bucais no mundo:

– 90% da população terá doença bucal ao longo de sua vida, que vão desde cáries, doenças periodontais a câncer oral;
– Apenas 60% da população mundial têm acesso a cuidados bucais;
– 60% a 90% das crianças em idade escolar, no mundo, têm a doença cárie;
– Dor de dente é a razão número um para o absentismo nas escolas em muitos países;
– O principal cuidado individual com a saúde bucal é a prevenção, com escovação duas vezes ao dia, com creme dental com flúor e visitas regulares ao cirurgião-dentista;
– Há mais de um milhão de cirurgiões-dentistas em todo o mundo que, usando tratamentos dentários modernos, podem restaurar quase todas as funções e estética de uma dentição saudável. No entanto, eles não estão distribuídos igualmente ao redor do planeta, deixando muitas das regiões mais pobres e mais carentes com menos de um cirurgião-dentista para uma população de 300 mil pessoas.

Dados sobre a cárie no Brasil:

– A cárie dentária continua sendo o principal problema de saúde bucal dos brasileiros;
– Na idade de 12 anos, o índice de cárie é de 56%;
– O número médio de dentes atacados por cárie é de 2,1, com variações por regiões.
– As necessidades de próteses dentárias em adolescentes são de 52%;
– Entre os adultos o destaque cabe a uma importantíssima inversão de tendência: as extrações de dentes vêm cedendo espaço aos tratamentos restauradores. As necessidades de próteses reduziram-se em 70%.

Sobre o Sistema Hapvida

Com mais de 6,7 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco, RN Saúde, Medical, Grupo São José Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 36 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas.

Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 45 hospitais, 191 clínicas médicas, 46 prontos atendimentos, 175 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.