O prefeito do município Francisco Nunes Bastos, conhecido “Chico do Belo”, é acusado de continuar utilizando o Lago do Anamã e as imediações da Estrada Anamã-Cuia, de lixão municipal mesmo tendo sido determinado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), que encerre o depósito irregular de resíduos sólidos no local.
O pedido foi feito pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por meio de denúncias que chegaram ao órgão de que o prefeito Chico Belo, utilizava o local como lixão público para o descarte irregular de lixo comum e hospitalar no Lago do Anamã, causando impactos à saúde humana e ao meio ambiente.
Mesmo com um decisão que dava 30 dias para a readequação da prefeitura, Chico Belo continua destinando os resíduos para o local. Chico do Belo mostrou o desrespeito ao trabalho dos promotores de Justiça minimizando as responsabilidades de sua gestão.
“Quando o Ministério Público vai cobrar uma resposta da gente sobre o lixo, que é um mal desde que a gente nasceu aqui em Anamã, não é culpa minha e é um problema difícil de resolver pela posição geográfica da nossa cidade. Se a cidade que está em terra firme já tem problema, imagine Anamã que alaga”, afirma o prefeito.
“E quando o Ministério Público vem me pedindo uma resposta, isso também é um atrapalho, porque o jurídico vai ter que ir lá e responder tudinho. Então isso atrapalha. Então assim, essas denúncias vazias, elas atrapalham. Porque a gente não tem tempo e nós não temos tempo. E nosso tempo é curto e é pra fazer coisas pelo bem das pessoas”, completou Chico do Belo, em um discurso feito na Câmara dos vereadores de Anamã.
Chico do Belo (PSC), destinou por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2023 encaminhada pela Prefeitura e aprovada pela Câmara Municipal de Anamã, apenas R$ 185,5 mil do orçamento de 2023 para gestão ambiental.
O valor mínimo destinado à gestão municipal representa apenas 0.63% do orçamento de R$ 58,5 milhões para 2023 e vai em sentido contrário ao que deveria ter sido feito ou planejado pela Prefeitura de Anamã, alvo de investigação do Ministério Público do Estado (MPE-AM) pelo descarte irregular de lixo doméstico e hospitalar no Lago de Anamã.