O prefeito do município de Tefé, no interior do Amazonas, está na bronca com jornalistas ecom os portais que repercutiram os gastos exorbitantes para a contratação de cantores nacionais, para a 22ª Festa da Castanha de Tefé, onde Nicson Marreira (UB), gastou mais de R$ 2,1 milhões em três artistas.
Apesar da “raivinha” de Nicson com jornalistas e portais, a decisão de investigar os gastos de mais de R$ 2,1 milhões em cantores nacionais com dispensa de licitação, foi do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), investigações feitas pelo órgão à prefeituras do interior para entender dos gastos.
A decisão partiu do promotor de Justiça de Tefé, Vítor Rafael de Morais Honorato, para investigar buscar e avaliar a legalidade, a saúde orçamentária e a razoabilidade dos gastos. “Além disso, persiste a necessidade de analisar a proporcionalidade dos valores diante da situação de emergência declarada pelo município devido à estiagem, assim como possíveis deficiências nos serviços públicos oferecidos à população de Tefé”, avaliou o promotor.
As contratações da cantora Simone Mendes, por R$ 900 mil reais pagando à empresa Fábrica de Eventos LTDA; Marcynho Sensação, pagando a empres G2 PRODUÇÕES E EVENTOS LTDA por R$ 350 mil reais, e o cantor Pablo do Arrocha por R$ 900 mil, foram feitas com dispensa de licitação que custou total de R$ 2.150.000,00 (dois milhões e cento e cinquenta mil reais), não havendo a devida transparência quanto à divulgação de convênios ou parcerias com o governo estadual que possam justificar a origem dos recursos adicionais mencionados pela prefeitura.
Em seu despacho, o promotor Vítor Rafael de Morais Honorato concedeu um prazo de dez dias ao prefeito Nicson Marreira Lima para informar e comprovar documentalmente a previsão orçamentária e as fontes de custeio da festa. À Câmara Municipal de Tefé, foi solicitada a cópia da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025.