Tentando ganhar pontos com o eleitorado bolsonarista, o deputado estadual Delegado Péricles (PL) acabou publicando uma fake news sobre o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino.
No post em suas redes sociais, o deputado compartilhou uma foto do ministro com a influenciadora Vi Alvares, dizendo que ela seria Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico Amazonense”, e esposa de Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, líder da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no Amazonas.
Inicialmente postado pelo vereador paulista Fernando Hollyday (PL), o vídeo mostra o ministro Flávio Dino abraçando uma mulher dizendo que lhe conhecia e era “seu fã”.
A mulher comparada com Luciane na verdade é a uma comediante do Rio Grande do Norte. O ministro disse que abrirá um processo contra o vereador, em resposta à produção de fake news.
A mentira de hoje, continuando a canalhice de ontem, é que essa senhora do vídeo abaixo é uma criminosa com quem eu teria me reunido, o que é absolutamente falso, como afirmo desde ontem.
Esses bandidos inventam essas calúnias para aglutinar gente da mesma espécie, a fim de… pic.twitter.com/3Hfd5149wg— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) November 14, 2023
Após a repercussão negativa do post com a fake news sobre o ministro da justiça, o deputado estadual Delegado Péricles apagou a publicação, mas o print é eterno.
O deputado pode responder por divulgação de fake news no Artigo 138 do Código Penal, que define que: “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime” pode levar a uma pena de “detenção, de seis meses a dois anos”, além de multa. E que, na “mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga”.
