CPI vai terminar em pizza? Omar garante que NÃO

O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi o entrevistado do programa Roda Viva da última segunda-feira (3) e, como presidente da CPI da Pandemia, deixou claro que a comissão terá independência total para investigar e apontar os culpados pelos erros no enfrentamento da COVID-19, que não permitirá que a comissão seja usada como palco político por quem quer que seja, e que o foco será encontrar meios para garantir as duas doses da vacina a todos os brasileiros e, assim, criar as condições para a recuperação da economia. “Essa CPI está na casa de cada um de nós, não é uma CPI abstrata. A CPI da Covid não estanca o vírus. O que vai estancar o vírus é a vacina”, disse.

A entrevista teve uma hora e meia, Omar falou de tudo um pouco. Criticou Bolsonaro por agir como negacionista e estimular aglomerações, alfinetou o ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, por trabalhar pouco e dar entrevistas demais, chamou o ministro da Economia, Paulo Guedes, de falastrão e disse que o ministro da Justiça não conseguirá intimidar os senadores ameaçando usar a polícia federal contra os integrantes da CPI. Omar falou também da operação Maus Caminhos. Disse que nada foi provado contra ele e por isso até hoje não foi denunciado. “Tudo não passou de insinuações e ilações num inquérito mal feito”, disse.

A CPI da Pandemia começa terça-feira (4), com os depoimentos de ex-ministros da Saúde na gestão do presidente Jair Bolsonaro. Os dois primeiros a falar aos senadores serão Luiz Henique Mandetta, às 10h, e Nelson Teich, a partir das 14h.

Mesmo que convocado na condição de “testemunha”, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello tem o depoimento mais aguardado da semana. Para ele, o Senado reservou um dia inteiro para a oitiva, a quarta-feira (5). Já o atual ministro, Marcelo Queiroga, vai falar na quinta-feira (6).

A quantidade de doses da vacina da Pfizer que chegarão ao Amazonas frustrou a expectativa do segmento da Saúde. Ao estado coube apenas 5.850 doses, de um milhão que foram adquiridas. Resta esperar pelos outro 99 milhões de doses que foram adquiridos pelo Governo Federal junto ao laboratório Pfizer.