Durante a sessão desta terça-feira (10), o caso envolvendo os conselheiros Yara Lins dos Santos e Ari Jorge Moutinho Junior, voltou a ser comentado entre os demais membros da corte do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).
Sem citar o nome do conselheiro Ari Moutinho, que foi acusado de agressão e misoginia contra a conselheira Yara Lins, o decano da corte Júlio Pinheiro manifestou solidariedade à presidente eleita do órgão e vítima do ataque do conselheiro.
O conselheiro Josué Neto e os demais conselheiros, à exceção do acusado e do presidente Érico Desterro, que se limitou a um tímido elogio a fala de Júlio Pinheiro, destacando, que o interesse do órgão está acima de quaisquer questiúnculas pessoais.
Enquanto Josué Neto enfatizava que a democracia, apesar de tão atacada prevaleceu à exemplo da eleição do presidente Lula, Júlio Pinheiro foi enfático ao dizer que foi informado pela própria conselheira sobre a agressão sofrida no dia da eleição, ou seja, terça-feira (3).
“Ao chegar no plenário percebi o semblante de tristeza de Iara. Procurei saber o motivo e fui informado sobre o ocorrido”, comentou Júlio Pinheiro sem citar o nome de Ari Moutinho.
Representação de Yara contra Ari
O Tribunal de Conta do Estado do Amazonas (TCE-AM) admitiu a representação administrativa disciplinar feita pela conselheira Yara Lins contra o colega, conselheiro Ari Moutinho.
O despacho foi publicado no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do órgão, na edição dessa terça-feira (10). E conforme o documento, o caso envolve alegações de possíveis atos ilegais que configurariam a quebra de decoro.
“Considerando que a presente Representação tem como escopo apurar suposta ilegalidade no âmbito do Poder Público, constata-se que o caso em comento se enquadra nas hipóteses elencadas no supracitado dispositivo normativo”, diz o documento.
A partir do despacho, o processo seguirá para análise do conselheiro mais antigo, Júlio Assis Corrêa Pinheiro, que deverá se manifestar sobre o assunto.
Ari Moutinho licenciado
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) Ari Jorge Moutinho Junior, solicitou licença de 15 dias para tratamento de saúde. Ele está com o pé direito imobilizado depois de uma queda e o quadro se agravou.
No dia da sessão em que foi eleita a nova Mesa Diretoria do órgão, que teria ocorrido a agressão contra a colega Yara Lins, o acidente já havia acontecido. Isso explica o fato de não ter levantado para falar com ela quando o abordou no plenário.
A licença foi confirmada na sessão desta terça-feira (10) pelo presidente Érico Desterro. Um auditor será convocado para substituir o conselheiro no período.
No dia da sessão de eleição, Junior estava com a perna imobilizada e se movimentava com a ajuda de uma muleta. Ele foi acusado por Lins de ofende-la com palavras de baixo calão e respondeu dizendo que ela criou a versão depois que o conselheiro decidiu anular seu voto para a presidência, vencida pela conselheira.