Uma dívida de R$ 1,5 milhões levou Israel da Silva Assis, preso nesta nesta segunda-feira (18), a planejar e participar do assassinato do advogado e servidor do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Erwin Rommel Godinho Rodrigues, de 56 anos, na saída de um restaurante avenida Santos Dummond, bairro do Planalto, zona Centro-oeste de Manaus.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Israel apresentou um cliente a Erwin para a formalização de um contrato de R$ 1,5 milhões para regularização de terras na Bahia. Após o serviço feito, o cliente sumiu e não pagou Erwin, que passou a cobrar Israel.
Israel teria se irritado com Erwin devido a cobrança e não queria pagar os R$ 1,5 milhões para o servidor do TCE-AM.
“Ele (Erwin) era na verdade o cobrador, a pessoa que estava fazendo trabalhos de regularizações de imóveis, regularizações de terra. Existia um contrato de honorários advocatícios que ele firmou com uma determinada pessoa na Bahia. Só que essa pessoa foi trazida pelo Israel, então o Erwin passou a cobrar do Israel essa dívida tendo em vista que ele que convenceu o Erwin ali a trabalhar nessas informações que essa pessoa estava precisando”, disse Ricardo Cunha.
“Erwin é uma pessoa de negócios passou a cobrar a cobrar, inclusive já tinha sido ameaçado pelo Israel para que ele desse o jeito dele que ele não iria arcar com nenhum tipo de valor”, completou o delegado.
Então Israel planejou a morte do amigo e sócio, convidando ele para almoçar no restaurante com a desculpa de que iriam discutir sobre a dívida.
Então no momento em que o advogado saía do restaurante, Israel avisou o pistoleiro Hewerton Kauan Oliveira Cavalcante, de 18 anos, que estava acompanhado de João Gabriel da Silva Almeida, que o ajudaria na fuga. João é o único que continua foragido.
“Israel é a pessoa que planejou e participou diretamente desse crime. Câmeras de segurança mostram exatamente o momento em que Israel está se comunicando ali com o atirador e dizendo: Olha ele está saindo, é agora o momento. Aí depois houve uma simulação de que ele não sabia de nada, inclusive ele sai correndo, mas as investigações estão consistentes, estão robustas e finalmente a gente conseguiu elucidar esse crime aí por completo”, afirma Ricardo.
Hewerton Kauan Oliveira Cavalcante, de 18 anos, confessou o crime e disse que iria receber R$ 5 mil reais após matar o advogado.
O crime ocorreu no dia 11de novembro, quando Erwin saia de um restaurante no Planalto. Erwin chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital 28 de Agosto, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito após dar entrada na unidade hospitalar.