O ex-deputado federal Bosco Saraiva (Solidariedade) aceitou o convite para ser o novo superintendente da Zona Franca de Manaus.
O cargo está vago há 96 dias desde a exoneração do general Algacir Polsin no fim do governo de Jair Bolsonaro (PL). O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), formalizou o convite a Bosco, que foi indicado pela bancada federal amazonense, nesta quinta-feira (6).
“Estive em agenda oficial na vice-presidência com o Vice-Presidente e Ministro do MDIC [Geraldo Alckmin]. Ele me convidou para assumir a Suframa. Aceitei e iniciamos uma reunião de trabalho imediatamente. Estava presente também o Dr. Marcio Rosa, Diretor-Executivo do MDIC. Nomeação deverá se dar semana que vem”, afirmou Bosco.
Bosco Saraiva contava com o apoio da bancada federal – em especial o senador Omar Aziz (PSD) – e com a simpatia dos representantes da indústria do Polo Industrial de Manaus. O presidente estadual do Solidariedade conseguiu desbancar o ex-deputado Zé Ricardo (PT), que contava com o apoio de entidades da educação e de tendências internas do Partido dos Trabalhadores.
Oficialmente superintendente, Bosco Saraiva deverá ter muitas pautas para tratar assim que ocupar a cadeira de chefe da Suframa. O principal tópico será a reforma tributária, que tem potencial para afetar negativamente a Zona Franca de Manaus. O modelo já sofreu críticas de membros do governo, como o secretário especial da reforma, Bernard Appy, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB).
Quando esteve em Manaus para a reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou os potenciais da Zona Franca de Manaus para os setores de potássio e gás natural como modalidades econômicas complementares e afirmou que o Governo Lula buscará destravar a exploração do minério no município de Autazes.