Depoimento de uma testemunha ouvida ontem pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) promete causar reviravolta no caso do assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues. A reportagem de A CRÍTICA teve acesso a informações de que a testemunha, que não estava arrolada no inquérito policial, foi espontaneamente ao MP-AM e fez revelações que apontam novos rumos para o caso.

O delegado que preside o inquérito policial, Paulo Martins, confirmou a ida da testemunha ao órgão, mas não revelou quem é a pessoa e nem o que ela disse. Paulo Martins disse que as investigações ainda não cessaram que elas continuam com a finalidade de buscar novas informações e dirimir dúvidas que estão aparecendo.

O delegado disse que, no decorrer das investigações, houve mudança no entendimento dos policiais. “Nós ouvimos uma pessoa hoje que deu uma declaração bem importante, isso vai balizar para que possamos chegar a nossa tese do que realmente aconteceu no dia do crime”, disse o delegado Paulo Martins.

Os depoimentos são os mesmos que já tinham desde o início, mas estão sendo fechados novos depoimentos e estes serão confrontados com os que foram tomados no início das investigações na semana passada. Só então será verificada quem está falando a verdade ou quem está mentindo.

De acordo com o delegado, foram feitas oitivas com algumas pessoas que já tinham sido ouvidas no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) logo que iniciaram as investigações para o esclarecimento dos fatos. “Hoje diligenciamos no Ministério Público, no Judiciário, estamos alinhando algumas diligências e o inquérito está andando”, disse Martins.

Conforme ele, ontem foram ouvidas várias pessoas, entre elas seguranças e demais funcionários da portaria do condomínio Passaredo, onde fica a casa que o filho da Alejandro Molina Valeiko, filho da primeira-dama Elizabeth Valeiko, morava. Foram ouvidas várias pessoas que viram alguma coisa ou souberam sobre o ocorrido na noite do dia 29 do mês passado.

O delegado disse que no decorrer das investigações achou-se que era pertinente ouvi-las para que possa concluir o inquérito e posteriormente se posicionar com o que de fato aconteceu naquela noite que resultou na morte de uma pessoa e no ferimento de outra.

Martins disse que as investigações seguem dentro da normalidade e que ainda é muito cedo para divulgar qualquer tipo de informação que venha mudar a direção de investigação.

Depoimento adiado

O depoimento da primeira-dama Elisabeth Valeiko, que estava marcado para acontecer na tarde de hoje, na DEHS, acabou sendo adiado. Ela seria ouvida no inquérito que investiga as circunstâncias da morte do engenheiro Flávio Rodrigues, que teve o corpo encontrado no dia 30 de setembro, em um terreno no Tarumã, Zona Oeste, após uma festa na casa de Alejandro Valeiko, filho de Elisabeth, e enteado do prefeito de Manaus, Artur Neto (PSDB)

De acordo com o advogado da primeira-dama, Yuri Dantas, ela prestará depoimento, mas ele não soube informar a data. “Ela não compareceu porque não foi informada sobre a data e horário para vir à DEHS”, disse. Ainda segundo o advogado, Elisabeth está disposta a colaborar com a polícia informando o que sabe sobre o caso. Já o delegado Paulo Martins disse que a primeira-dama deverá depor na próxima amanhã, sem informar um possível horário.

Segundo Martins, o adiamento do depoimento da primeira dama deve-se à quantidade de trabalho tarde de ontem na unidade policial.

Informações:  grupo do capitão