Após deixar o comando da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), o General do Exército Brasileiro Carlos Alberto Mansur, divulgou nesta quinta-feira (31). uma carta aberta à população amazonense, onde diz acreditar que “verdade virá à tona brevemente”, ao falar sobre a “Operação Comboio”, realizada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), em conjunto com a Polícia Federal (PF).
Mansur que estava à frente da SSP-AM desde 2021, foi exonerado na última terça-feira (26), após o MP-AM através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), juntamente com a PF cumprirem mandados de busca e apreensão em alvos que seriam da alta cúpula do órgão.
A PF, Gaeco e o MP-AM detectaram que práticas de extorsão partiam de agentes de segurança pública vinculados ao Núcleo Especializado em Operações de Trânsito (Neot), coordenado pelo filho do general, Victor Mansur.
O esquema faria uso de placas frias em veículos oficiais se utilizando da estrutura do Estado para angariar dinheiro e bens de forma ilícita, por meio de crimes como extorsão e peculato (subtração ou desvio, mediante abuso de confiança, de dinheiro ou coisa pública), se aproveitam de informações privilegiadas de dentro da SSP-AM, para em seguida agir de forma criminosa para obter vantagens.
A exoneração do general da SSP-AM se deu pelo Governador do Amazonas, para que não atrapalhassem as investigações e para que todos os envolvidos, tivessem a chance de ampla defesa.
Na Carta, o general inicia agradecendo ao governador Wilson Lima “pela confiança” nele depositada no período em que esteve à frente da SSP-AM. No tempo que esteve chefiando a Secretaria, Mansur afirma ter atuado com “dedicação, ética, integridade, comprometimento, transparência”, buscando ampliar “a sensação de segurança da população amazonense”.
“(…) diante dos fatos ocorridos nos últimos dias, reafirmo o meu compromisso com a legalidade, levando comigo a consciência tranquila de que dei o meu melhor em prol do sistema de segurança pública do Estado do Amazonas. Acredito na justiça e sei que a verdade virá à tona com a maior brevidade”, diz Mansur em trecho da Carta Aberta.
O ex-secretário de Segurança lembra que, como oficial do Exército Brasileiro, cumpriu 44 anos e seis meses de “extrema dedicação”, alcançando os mais altos postos. “Em nenhum desses momentos jamais manchei a minha imagem e a do Exército Brasileiro”.