Na última sexta-feira aconteceu em Manacapuru, a inauguração do teatro municipal, entrega de implementos agrícolas e veículos para a Prefeitura do município. O evento contou com a presença do Prefeito Beto D’Angelo, Senador Plinio Valério, Deputado Federal Sidney Leite, Deputado Cristiano D’Angelo e demais autoridades que foram convidados pela gestão municipal para participarem do ato.

Porém, antes mesmo da entrega oficial do teatro municipal, a vereadora Lindynes Leite protagonizou cenas que até então não se viam no município. Alegando ser uma autoridade, a vereadora queria subir a todo custo no palco do evento, sem mesmo estar na lista de convidados, o que é uma prerrogativa de quem está organizando a cerimônia. O evento de inauguração e entrega aconteceu normalmente, inclusive com a vereadora presente, já que o evento não se limita apenas ao palco, pois outros vereadores também estavam em pé na parte debaixo acompanhando a solenidade, porém apenas Lindynes fazia questão de estar no palanque para tentar se autopromover.

Ao ser impedida pelo cerimonial da Prefeitura, que é composto na sua totalidade por mulheres, a vereadora Lindynes começou a tumultuar o evento com gritos e berros, acompanhada de cinco correligionários e alguns familiares.

Vendo que não teria sucesso para subir ao palco, já que ela não constava em nenhuma relação de convidados e até então nunca havia participado de nenhum outro evento de inauguração ou entrega por parte da Prefeitura, a vereadora pegou seu celular, arrumou o cabelo e começou a gravar dizendo que estava sendo agredida e perseguida.

Seus apoiadores e familiares foram além e começaram a xingar e ofender as mulheres do cerimonial, as chamando de “filha da P.”, “tú não é nada, ela é vereadora!” , “sua loira burra”, “oxigenada burra!”. As mulheres ao se sentirem desconfortáveis com a situação, prontamente chamaram a segurança do evento para intervir, mas logo os homens também foram xingados, sendo inclusive um deles chamado de “urubu” pelas pessoas que acompanhavam Lindynes.

Ao ouvir tudo isso, e tentar ao menos apaziguar os ânimos, a vereadora continuou filmando como se nada estivesse acontecendo com àquelas mulheres, que inclusive ela diz defender, pois em uma publicação nas redes sociais, Lindynes disse que estava sendo perseguida por ser mulher. Ora então, com ela não pode, mas seus apoiadores e familiares podem ofender as demais mulheres, que estavam apenas cumprindo seu trabalho? Fica a pergunta.

Já na sessão da câmara desta segunda-feira, as mulheres e os guardas municipais ofendidos pela “turma” que acompanhava Lindynes, usaram a tribuna para falar das suas versões do ocorrido, já que nas redes sociais a vereadora se colocou apenas como vítima e não contou os verdadeiros fatos. A câmara então em comum senso, irá realizar uma moção de solidariedade aos funcionários e funcionárias agredidas pelos apoiadores de Lindynes, já que os profissionais apenas estavam exercendo seus trabalhos e cumprindo o que o cerimonial manda, que é a organização do evento.