Sem força política para conseguir ser candidato majoritário em Manaus, o atual secretário municipal de limpeza Sabá Reis, assumiu o comando do Avante em Presidente Figueiredo para tentar ser prefeito no município da Região Metropolitana.

Sabá que é alvo da Polícia Federal que investiga ele e o uso da empresa Mamute Conservação, para a obtenção de notas fiscais frias que ajudariam a “lavar” R$ 147 milhões desviados da secretaria comandada por Reis, procura um município para chamar de seu.

Em 2016, Sabá Reis disputou a Prefeitura de Autazes, mas saiu derrotado pelo atual prefeito Andreson Cavalcante. Agora o secretário Sabá Reis tentou Rio Preto da Eva, mas não encontrou um cenário político favorável a ele, já que a disputa pelo poder lá é intensa.

Foi então que Reis foi para Presidente Figueiredo, onde pretende aproveitar o cenário político conturbado por acusações de crimes contra a prefeita Patrícia Lopes, e acabou rompendo com o atual vice-prefeito, Anderson Leal.

Com isso, Sabá Reis correu para Presidente Figueiredo, onde agora conta com o apoio do senador Eduardo Braga (MDB), para vencer as eleições no município.

Na mira do MPF e da PF

Sabá Reis, que é natural de Parintins, e foi um dos alvos da Operação Dente de Marfim, deflagrada pela Polícia Federal (PF), no dia 22 de junho, em Manaus, para apurar a prática de diversos crimes como: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio no valor de R$ 30 milhões das contas bancárias e ativos financeiros, dentre outros bens de 34 pessoas físicas e jurídicas.

Durante a operação, a PF identificou que foram feitas nomeações de cargos e trocas de favores entre empresários e a Secretaria de Limpeza Pública de Manaus.

“Identificamos, a partir das diligências, que no decorrer desses anos, ‘foi constatado’ [sic] trocas de favores, nomeações de parentes das empresas na Secretaria Municipal de Limpeza, além de haver indícios de pagamento de vantagem indevida ao gestor da pasta. Temos provas e documentos que confirmam isso”, disse o delegado da Polícia Federal, João Marcelo Uchôa.