Brasil – A Polícia Civil vai investigar o caso de agressão contra uma adolescente de 15 anos, na Escola Estadual “Maria Matilde Castein Castilho”, em Glicério, interior de São Paulo. A vítima foi deixada seminua após ser agredida com socos e puxões de cabelo, na terça-feira (26).

Segundo apurado pela TV TEM, as alunas conversavam quando a briga começou. A vítima foi arrastada pelos cabelos e recebeu socos, antes de ter a blusa arrancada por uma das estudantes.

Após quase dois minutos de violência, funcionárias da escola chegaram e conseguiram separar as alunas. Um outro estudante foi atingido por uma carteira e machucou o pé.

A adolescente foi levada à unidade de saúde, onde recebeu atendimento médico e foi liberada. A Polícia Militar foi acionada e o caso foi registrado na Polícia Civil por ato infracional análogo à lesão corporal.

A vítima é uma adolescente de 15 anos, estudante do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual “Maria Matilde Castein Castilho”.

A mãe da vítima contou à TV TEM que a adolescente passa por tratamento neurológico, após suspeitarem que ela tenha autismo. Na semana passada, a mulher relatou que a menina já foi agredida, e que os episódios de violência entre os alunos são frequentes.

Conforme apurado pela TV TEM, a motivação da briga, segundo a mãe da vítima, seria um desentendimento por causa do irmão da filha.

Para prosseguir com a investigação, uma das alunas envolvida na agressão foi ouvida pelo delegado responsável, Guilherme Melchior Valera. Segundo ele, a suspeita disse que a briga começou após uma troca de xingamentos entre a vítima e as duas estudantes.

As alunas que participaram da agressão contra a adolescente foram suspensas por três dias. Assim que acabar o período de suspensão, as alunas devem continuar com o ensino remoto, por pelo menos 30 dias ou até a finalização da investigação.

Em nota publicada nas redes sociais, a escola divulgou que o conselho se reuniu e decidiu aplicar a medida disciplinar no dia 27 de março. A direção ainda informou que vai intensificar ações para identificar possíveis intervenções.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, três funcionárias que acompanhavam a movimentação dos alunos apartaram o conflito.

Já a Diretoria de Ensino de Birigui (SP) designou um supervisor para apurar a conduta dos servidores no caso. Não há informações sobre expulsão ou transferência dos alunos envolvidos no caso.

A Polícia Civil, o Conselho Tutelar, o Ministério Público e a Secretaria Estadual de Educação acompanham o caso. O depoimento dos envolvidos vai ser encaminhado pela polícia ao Ministério Público e ao juiz da Infância e Juventude.

Ainda conforme o delegado, apesar de as mães informarem à TV TEM que os episódios de violência entre os alunos são frequentes na escola, não foi registrado nenhum outro boletim de ocorrência em datas anteriores.

Fonte: G1