Após tentar “lacrar nas redes sociais”, com uma iniciativa de recolher lixo dos igarapés e acabou com uma discussão em frente ao Aterro Sanitário de Manaus, onde cometeu o crime ambiental de despejar lixo em local inadequado, o deputado federal agora quer retirar as ecobarreiras que são instaladas nos igarapés para conter o lixo.
De acordo com informações, o deputado “blogueirinho” enviou um ofício à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima (Semmasclima), onde ele solicita a retirada das ecobarreiras instaladas no igarapés, por segundo ele, estarem “impactando negativamente todo o ecossistema local”.
O deputado Amom Mandel (Cidadania), solicita no ofício à Semmas três coisas:
1. Interdição imediata das obras e remoção de dejetos prejudiciais;
2. Disponibilização do licenciamento das obras, para possível fiscalização e estudo da
extensão de danos;
3. Apresentação de servidor encarregado pela execução dos projetos, incluindo o
responsável pela deposição de toneladas de barro e pedras nos igarapés do Coroado
e da Cidade do Samba.
O secretário da Semmas, Antônio Ademir Stroski, afirmou não há qualquer problema ambiental com as “ecobarreiras” que estão sendo instaladas pela Prefeitura de Manaus, e nem a necessidade de interdição das obras, como solicitado pelo deputado Amom Mandel.
“A retirada de lixo dos igarapés não é uma atividade que exige licença. E as ‘ecobarreiras’ são um instrumento que contribui para essa retirada”, disse.
Especialistas em meio ambiente explicam que as alegações não procedem, que todo o processo de implantação não afeta o cursos de água. Segundo a Semmasclima, a ecobarreira instalada no Igarapé dos Franceses, por exemplo, no trecho que margeia a Avenida do Samba, ao lado do Sambódromo, é flutuante. E que a fauna aquática passa livremente por baixo das estruturas que retêm o lixo despejado irregularmente pela população ao longo do manancial.
Uma vez retido nas barreiras ecológicas, a Prefeitura recolhe o lixo acumulado, principalmente após as chuvas mais intensas, dando ao mesmo a destinação correta: o aterro sanitário municipal, com separação do material, como as garrafas pet, para reciclagem pelas associações de catadores.