Por diversas suspeitas de irregularidades nas contratações de artistas nacionais e internacionais como o DJ David Guetta, além de irregularidades na organização do Festival #SouManaus Passo a Paço 2023, o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Osvaldo Cardoso Neto, deve ser investigado em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
A contratação do DJ David Guetta, foi feita por meio da empresa Fábrica de Eventos, da empresária Beth Dezembro, suspeita no envolvimento de lavagem de dinheiro investigado pela Polícia Federal, durante a Operação Maus Caminhos, que derrubou o ex-governador José Melo.
A empresa de Beth Dezembro recebeu da Manauscult, para realizar a contratação do Dj internacional, mas até o momento não foi apresentado os contratos firmados em parceira com a Fábrica de Eventos.
O pedido de investigação foi protocolado pelo vereador Rodrigo Guedes (Podemos), na Casa Legislativa Municipal, por existirem fortes indícios de segregação do público e favorecimento de empresas contratadas de forma inadequada pela Manauscult sob administração de Osvaldo Cardoso.
“As denúncias envolvendo o festival são gravíssimas. A finalidade desta evento não é receber lucro e sim aproximar a população da cultura e do lazer! O cidadão manauara já pagou por esse evento e ainda sim está sendo impedido de participar! As denúncias apontam suspeitas de corrupção e favorecimento de empresas, a população exige a fiscalização desse evento!”, disse Guedes.
A falta de transparência nos contratos fimados pela organização do evento, além da destinação das doações de 30 garrafas pet ou do quilo de alimento não perecível, que foram os requisitos estabelecidos pela Manauscult para adquirir “ingresso gratuito”, sem falar da ausência de ingressos com valor de meia-entrada são pontos que devem ser investigados pela CPI.
A CPI do #SouManaus Passo a Paço 2023, já tem a assinatura dos vereadores Rodrigo Guedes, William Alemão (Cidadania) e Carpê Andrade (Republicanos).
Caso seja aprovada pela Câmara Municipal de Manaus, a comissão terá o prazo de 90 dias prorrogáveis para realizar as investigações, convocar testemunhas e solicitar documentos da Manauscult para apresentar um relatório final com os resultados encontrados.
Outras investigações
O presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Osvaldo Cardoso Neto, já vem sendo investigado pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), por possíveis irregularidades na contratação de uma emrpesa de enventos, que realizou o Festival Folclórico do Centro Social Urbano (CSU) do Parque Dez.
Além de receber milhões de reais pelo aluguel de palco, som e iluminação, a empresa Arsenal Serviços e Produções de Eventos LTDA, vinha cobrando aluguel dos permissionários que tentavam vender seus produtos durante o evento.
