O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) na África pediu neste domingo (28) que os países sigam a ciência em vez de impor a proibição de voos em uma tentativa de conter a nova variante do coronavírus Ômicron.

Autoridades de saúde holandesas disseram no domingo que encontraram pelo menos 13 casos da cepa Omicron entre viajantes da África do Sul, enquanto na França, o ministro da Saúde, Olivier Véran, disse que a variante provavelmente já estava circulando no país.

A (OMS) declarou o Ômicron uma “variante de preocupação” (VOC). Em seu comunicado divulgado na sexta-feira, a OMS disse: “evidências preliminares sugerem um aumento do risco de reinfecção com esta variante, em comparação com outros VOCs”.

A agência de saúde da ONU disse que pode levar várias semanas para entender a nova variante e alertou contra restrições às viagens enquanto as evidências científicas permanecem escassas.Mas, com a variante sendo detectada em vários outros países, os governos vêm impondo níveis variados de restrições a viagens.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, pediu no domingo que os países “revertam” com urgência “proibições de viagens” cientificamente injustificadas “relacionadas à descoberta da nova variante do coronavírus Omicron, altamente mutada.“Apelamos a todos os países que impuseram proibições de viagens ao nosso país e aos nossos países irmãos da África Austral para que revertam imediata e urgentemente as suas decisões”, disse ele no seu primeiro discurso à nação após a detecção da nova variante na semana passada.Dezenas de países colocaram a África do Sul e seus vizinhos na lista negra desde que os cientistas sul-africanos sinalizaram a Omicron na semana passada.“A proibição de viagens não é informada pela ciência”, disse Ramaphosa.“A única coisa que a proibição de viagens fará é prejudicar ainda mais as economias dos países afetados e minar sua capacidade de responder e se recuperar da pandemia”, acrescentou.

O chefe da Organização Mundial de Saúde na África pediu no domingo que os países sigam a ciência em vez de impor proibições de voos em uma tentativa de conter a nova variante do coronavírus Omicron.Por Gazeta Brasil