O secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Louismar Bonates, acionou a Polícia Federal para apurar a informação de que o evento de luxo “Imersão na Amazônia” visitou quatro comunidades indígenas do estado. Na noite de ontem, a embarcação de luxo com os turistas foi interceptada pela Polícia Civil.
Ao todo, 44 pessoas foram conduzidas a delegacia para responder por descumprimento às medidas de prevenção sanitária da pandemia de Covid-19, que se enquadram no crime previsto no Artigo 268 do Código Penal Brasileiro.
Bonates acionou a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas na noite de ontem. “Essas pessoas estavam há diversos dias no interior do estado, parando em comunidades indígenas e ribeirinhas, levando perigo a esses locais. O grau de dificuldade para vacinar essas comunidades é muito grande. Aí vem as pessoas desses locais, transitando, colocando em risco as vidas indígenas que toda a Europa tenta proteger”, destacou o secretário de Segurança.
Segundo a Polícia Civil, durante a ação que interrompeu uma festa clandestina em um barco de luxo, ontem, foram detidas 44 pessoas pela prática do crime previsto no Artigo 268 do Código Penal Brasileiro. Desse total, 18 eram estrangeiros de várias nacionalidades. Cidadãos da Grécia, Canadá, Israel, Suécia, México, Eslováquia, Polônia, Alemanha, Marrocos, Luxemburgo, Itália, Estados Unidos e França.
“São pessoas de poder aquisitivo. Não são ignorantes, são bem instruídos e sabem o que estavam fazendo, o risco que estavam trazendo para as comunidades indígenas”, pontuou Bonates. Conforme previsto na lei, os infratores assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e vão responder na Justiça do Amazonas pelo crime de infração à medida sanitária, cabendo ao poder judiciário aplicar sanções.