O prefeito Augusto Ferraz mergulha Iranduba em um escândalo de proporções inéditas ao entregar um contrato de R$ 6,1 milhões para a Iza Construções e Comércio Eireli, uma empresa que já foi alvo direto da Polícia Federal na Operação Vorax, investigação que expôs um esquema de fraudes em licitações, desvio de dinheiro público e pagamento de propina ao ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro.
A decisão de Ferraz causa revolta porque ignora completamente o passado criminal da empresa. A PF comprovou que o dono da Iza Construções, Fábio Souza de Carvalho, pagou R$ 500 mil em propina a Adail Pinheiro como parte de um acordo clandestino para liberar pagamentos da Prefeitura de Coari. O próprio empresário confessou o crime em depoimento à Justiça Federal, detalhando que só receberia o valor contratado se repassasse metade ao grupo político que comandava o esquema.
Mesmo com esse histórico, Augusto Ferraz decide presentear a mesma empresa com um contrato milionário, enquanto Iranduba sofre com serviços públicos destruídos, saúde em ruínas e denúncias diárias de abandono. O prefeito não apenas contratou, como mantém relação pessoal e proximidade política com o empresário investigado, aumentando as suspeitas de favorecimento e acertos de bastidores.
A Operação Vorax, conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, expôs fraudes em 178 licitações, revelando um desvio de R$ 25 milhões dos cofres públicos. A Iza Construções estava no centro do esquema. Mesmo assim, Ferraz ignora o alerta histórico da PF e reabilita a empresa dentro da administração municipal como se nada tivesse acontecido.
A população reage com indignação ao ver o prefeito de Iranduba firmar contratos milionários com uma empresa que protagonizou um dos maiores escândalos de corrupção municipal do Amazonas. O caso lança uma sombra pesada sobre a gestão de Ferraz e levanta a pergunta que todo morador está fazendo: por que Augusto Ferraz insiste em beneficiar uma empresa já investigada pela Polícia Federal e ligada a pagamento de propina?
O escândalo cresce, pressiona órgãos de controle e coloca a administração Ferraz no centro de um novo episódio de suspeitas, irregularidades e alianças políticas obscuras que podem custar caro ao município.
