Psiquiatra de Maradona é alvo de busca e apreensão

A Justiça da Argentina ordenou nesta terça-feira (1º) a realização de operação de busca na casa e no consultório de Agustina Cosachov, a psiquiatra que atendeu o ex-jogador Diego Maradona, que morreu na semana passada.

A informação foi confirmada à Agência Efe por fontes ligadas à investigação que apura as causas da morte do lendário camisa 10 da ‘Albiceleste’.

As buscas foram realizadas em dois pontos da cidade de Buenos Aires e foram autorizadas por um juiz de garantias do caso. O intuito é identificar o possível envolvimento de atos da psiquiatra que poderiam ter levado Maradona à morte.

Fontes do Ministério Público de San Isidro, na província de Buenos Aires, que está acompanhando o caso, informou à Efe que novas informações serão divulgadas posteriormente.

Em entrevista à emissora argentina Todo Notícias, o advogado de Agustina Cosachov, Vadim Mischanchuk, afirmou que a operação de busca é apenas uma medida “de rotina”, em todas as investigações sobre práticas médicas profissionais.

O representante da psiquiatra indicou que foram recolhidos itens como aparelhos celulares, computadores e outras informações que ajudem a reconstituir o histórico de Maradona.

– Há tranquilidade da minha cliente sobre as decisões médicas que tomou – garantiu o advogado.

As buscas na casa e consultório de Cosachov aconteceram dois dias depois que foram ordenados procedimentos semelhantes na residência e local de trabalho do neurocirurgião Leopoldo Luque, que operou Maradona de um hematoma no cérebro, no início deste mês.

O médico esteve ontem na sede do Ministério Público, para se informar sobre a situação, mas não chegou a prestar depoimento, por não estar na condição de acusado formalmente.

MORTE DE MARADONA
Maradona morreu na última quarta-feira (25), de insuficiência cardíaca, na casa em que vivia, na cidade de Tigre. O falecimento do ex-jogador aconteceu poucos dias depois da alta médica recebida, após a cirurgia cerebral a que foi submetido.

Representantes da família do camisa 10 indicaram que a investigação visa identificar que tipo de atendimento médico foi prestado desde a operação até a morte dele, mais especificamente, desde que deixou o hospital, em 11 de novembro.

Os advogados da família também querem uma investigação sobre o que aconteceu no último dia 19, quando, de acordo com testemunhas, Leopoldo Luque visitou Maradona, e os dois discutiram. Desde então, o neurocirurgião não compareceu mais ao local.

*Com informações da agência EFE