A deputada estadual Joana Darc (PL) se reuniu nas primeiras horas desta terça-feira (9) com representantes do setor de transporte fluvial de passageiros e cargas, para discutir medidas de segurança a serem implementadas quando as atividades forem normalizadas. De acordo com a parlamentar, a categoria pede a retomada gradual das atividades de transporte fluvial, mas a deputada afirma que é preciso ter cautela.
“Ter esse diálogo com a categoria é muito importante para que possamos construir um caminho de solução. Mas também temos que ter cautela e sermos cuidadosos nessas tomadas de decisão. Imagine se um município como Coari, que tem apenas um caso de óbito confirmado, começar a aumentar o número por conta da retomada das viagens em embarcações. Será um desastre. É preciso entender que a culpa não é da categoria de transporte fluvial, não é dos prefeitos e nem do Governador. Essa pandemia foi algo que ninguém esperava e que, infelizmente, mudou tudo”, argumentou.
A deputada é a favor das medidas de segurança que precisam ser implementadas com o retorno das viagens fluviais, e se disponibilizou em ajudar a chegar num consenso. “Acompanharemos esta situação de perto e levaremos as demandas ao governador Wilson Lima, lembrando sempre que não podemos arriscar passar por um período pior do que foi a primeira onda de Covid-19 em nosso Estado. Estamos trabalhando com a compreensão de todos, inclusive com a classe dos barqueiros. Também firmei compromisso em levar essa discussão para a Assembleia Legislativa, para que todos os deputados juntos avaliem a melhor forma de resolver a situação”.
Darc sugeriu, ainda, que a partir do momento que o transporte fluvial de passageiros for liberado, que haja um controle efetivo por parte do Governo e da própria categoria. “Dentro de qualquer categoria há as pessoas que trabalham corretamente e as que não trabalham. Então será um momento de união, onde todos deverão fiscalizar”, complementou.
Entre as medidas de segurança sanitária, a deputada estadual sugeriu limitar o número de passageiros por viagem, aferição de temperatura, instalação de dispensadores de álcool em gel em todos os compartimentos das embarcações, revezamento na hora das refeições, uso de máscara obrigatório por parte da tripulação e dos passageiros, entre outras medidas. “As pessoas precisam ter consciência de que nada mais será o mesmo. É hora de nos adaptarmos, se quisermos evitar um desastre maior”.
Decreto
A suspensão do transporte fluvial de passageiros, prevista no Decreto Estadual nº 42.087/2020, aconteceu em março deste ano. Uma pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizada pelo subcomitê de combate à Covid-19 da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), estima que pelo menos 1.200 vidas foram salvas e 123 mil pessoas deixaram de ser infectadas pelo novo coronavírus no Amazonas, por conta da suspensão.
O decreto estadual determinou a navegação de barcos no Estado apenas para casos essenciais, cargas e alimentos perecíveis.
