Em reunião com CCZ, Joana Darc aponta soluções para controle dos casos de zoonose em gatos que surgiu em Manaus

A deputada estadual Joana Darc (PL), reuniu-se na tarde desta segunda-feira (14) com a diretora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Patrícia De Paula, e com a presidente da Comissão Especial de Proteção aos Animais da OAB AM (CEPA), Aline Oliveira, para construir soluções junto ao órgão nos casos de esporotricose registrados nos últimos dias em Manaus. “Está é uma situação delicada, mas que se os poderes unirem forças, com certeza teremos mais chance de vencer essa zoonose, e salvar os animais, conscientizar e previnir toda população. Por isso, já estamos construindo as soluções e apontando os caminhos junto ao CCZ”, declarou a parlamentar.

A diretora do CCZ, Patrícia De Paula, explicou o atual cenário dos casos em Manaus. “Já estamos com 4 casos da esporotricose confirmados para em gatos, e mais 22 casos estão em análise pela UFAM para confirmação. Vale ressaltar que o CCZ já fez todo mapeamento das áreas afetadas e estamos analisando caso a caso para que isso não se alestra pela cidade. E para isso contamos com o apoio de toda a população”, reforçou De Paula.

Como presidente da Comissão de Meio Ambiente, Proteção Aos Animais e Desenvolvimento Sustentável (Caama) da Assembleia Legislativa do Amazonas, Joana Darc destacou que a esporotricose é uma zoonose que já tem tratamento e que medidas simples podem combater a proliferação. “É importante esclarecer para população que não é preciso ter medo, ou se desesperar, pois a doença tem tratamento tanto para os animais, quanto para os humanos. E o que precisamos fazer é apenas estar alertas para identificar quando um gato aparecer com os aspectos da doença, não pegar no animal sem Luvas, não permitir arranhões ou mordidas, ainda que leves, pois elas podem transmitir a doença para o humano mas principalmente não deixar seu gato dar as famosas ‘voltinhas’ para não correr o risco de ser infectado por um animal que vive em situação de rua”, explicou a parlamentar.

Como uma das soluções para o problema, Joana Darc, apontou a conscientização como um dos caminhos para que a população não abandone ou maltrate os gatos, principalmente os de rua, por medo da zoonose. “Levantamos aqui várias soluções para ajudar neste momento. Por meio da Comissão de Meio Ambiente, vamos fazer ações de conscientização nós bairros com maiores incidências de casos. Vou acionar também veterinários parceiros para auxiliar no CCZ na grande demanda de atendimentos neste período, dentre outras ações para melhor esclarecer a população e também visando o bem-estar dos animais”, ressaltou a deputada.

De Paula destaca a importância das notificações de suspeita de casos de esporotricose em gatos por meio das clínicas veterinárias e população. “Neste momento é necessário a ajuda de todos, por isso é importante que cada caso confirmado seja notificado ao CCZ para que todos os casos sejam mapeados e o órgão manter o controle da situação”, reforçou.

A diretora do CCZ, explica que, uma vez identificadas as lesões, é importante que o tutor do animal procure ajuda médica o mais rápido possível para fazer exames de pele para confirmar se é esporotricose ou não. “É uma zoonose, ou seja, passa do animal para o ser humano. Mas é uma zoonose tratável. Tem que tratar, tomar o antifúngico. Não tem por que abandonar os animais, basta tomar os cuidados”, explicou.

Sobre a doença

A esporotricose é uma espécie de micose causada por um fungo (Sporothrix spp) que pode afetar animais e humanos. O tratamento em gatos e em humanos é com uso de medicação antifúngica e isolamento do animal doente, por um período que pode durar de três a seis meses.